Guarulhos

domingo, 1 de julho de 2012

Dez anos do pentacampeonato


Todos os 23 jogadores da seleção pentacampeã em 2002 (Foto: Divulgação)

Eu não poderia deixar passar em branco essa data tão marcante para o futebol brasileiro. Neste sábado, 30 de junho de 2012, completou-se dez anos que a seleção brasileira conquistou o pentacampeonato mundial, que aconteceu na Coréia/Japão, primeira Copa do Mundo realizada em dois países diferentes.

Foi a primeira Copa do Mundo que eu me lembro perfeitamente. Foi a primeira Copa do Mundo sem o meu pai. Cada momento, cada jogo, cada jogador, cada lance, cada gol. Tudo foi marcante pra mim, tudo foi marcante para o futebol.

Em 2002, eu tinha 11 anos de idade, estava na 5º série do ensino fundamental e o legal daquela Copa foi o horário. Eu tinha o prazer de acordar às 03h da madrugada para acompanhar a seleção brasileira. A minha rua, do Jardim São Manoel, em Cumbica (Guarulhos), era a mais animada do bairro. Todos acordavam e se reuniam na casa de alguma pessoa. Cobertor, pipoca e TV na garagem eram o essencial.

Cafú quebra os paradigmas e erguer a taça (Foto: Divulgação)
Há quem diga que aquela Copa foi a do Ronaldo. Eu digo mais. Aquela Copa também foi a do Rivaldo, camisa 10 da seleção. Do estreante em Copas, Ronaldinho Gaúcho. Dos desacreditados Kléberson e Anderson Polga. Do feliz Ricardinho, que no último minuto foi convocado no lugar do Emerson, que se machucou. Do jovem Kaká, o jogador mais novo do time. Do capitão Cafú, aquele do Jardim Irene e de Marcos, que em minha opinião, deveria ser escolhido o melhor goleiro do Mundial, título que Oliver Kahn levou. 

Aquele time de 2002 foi uma seleção unida, sem intrigas, não havia guerra de egos nem estrelismo. Uma verdadeira família. A Família Scolari, de um técnico que conseguiu motivar 23 jogadores e 170 milhões de pessoas. Que conseguiu devolver a alegria do futebol aos brasileiros e todos num só ritmo: ‘E vai rolar a festa, vai rolar, o povo do gueto mandou avisar’.


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