Em épocas de pipas, crianças dividem espaço com os atletas (Foto: Silvio Cesar) |
Depois de completar quatro anos da morte de um homem, o
Complexo Esportivo José Arnaldo Celeste, o Ginásio da Ponte Grande, continua
sem segurança aos usuários do local. No dia 7 de agosto de 2009, Carmito
Pereira da Silva, 48 anos, morreu ao ser atingido por uma bola de ferro de 7
kg, enquanto caminhava pela pista de atletismo. A bola foi atirada por um
atleta que praticava levantamento de martelo.
Em junho, a reportagem da Folha Metropolitana constatou o
problema. Enquanto os atletas da equipe “Esporte Guarulhos” praticavam
lançamento de discos e martelos, a população caminhavam e corria pela pista de
atletismo, a poucos metros do campo de treinamento. A média de lançamento de um
atleta bem treinado é de 50 metros. Além disso, crianças empinavam pipa e
jogavam futebol no mesmo espaço em que os atletas treinavam.
Na tarde desta quarta-feira (7), o dia que completou quatro anos da morte de Silva, a
reportagem voltou ao local. Os problemas continuam. De acordo com a Secretaria
de Esportes, Recreação e Lazer, há uma placa de aviso à população quanto ao
horário permitido para caminhadas, que é todos os dias, das 5h às 9h e após as
17h30. O período restante é destinado ao treino dos atletas, diz a pasta.
Informou também que é comum os funcionários do complexo
abordarem os usuários que insistem em frequentar o local junto aos atletas,
para informá-los sobres os riscos. No entanto, ontem um homem que praticava
Cooper, correu por mais de uma hora, simultaneamente ao treino dos atletas e em
nenhum momento foi orientado. Questionado, ele disse não ter medo. “Não não
[não tenho medo]. Estou suave”, disse. Ele não quis ser identificado.
A secretaria de Esportes também disse que conta com o apoio
da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para conscientizar os usuários. Mas ontem a
tarde não havia nenhum guarda no local.
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