No Engenhão, Tita mostra a faixa da cidade de Guarulhos (Foto: Divulgação) |
Nunca antes na
história da Sociedade Esportiva Palmeiras o time viveu uma fase tão ruim no
Campeonato Brasileiro. Apesar de ter vencido o último confontro no Brasileiro
contra o Figueirense, no sábado, por 3 a 1, esta é a pior fase do Verdão na
história da competição e a equipe do recém-contratado Gilson Kleina precisa
‘ralar’ muito para não ser rebaixada. Em Guarulhos ainda existem torcedores que
acreditam que o time possa permanecer na primeira divisão e estão confiantes
com os próximos confrontos do time. A guarulhense Angelita de Souza, a Tita, é
uma delas.
Moradora do
Jardim Maria Dirce, Tita faz parte da Torcida Organizada Mancha Alvi Verde
Guarulhos. É a única mulher que compõe a torcida. Além disso, administra o
grupo do facebook ‘Mancha Alvi Verde Guarulhos’, que atualmente possui 204
membros.
Para a fanática
torcedora, incentivar o time em todos os jogos que faltam para o término do Campeonato
Brasileiro é o essencial para se reerguer na competição. “Eu vou fazer a minha
parte em todos os jogos, incentivando o time até o último minuto”, conta. O
Palmeiras tem 11 jogos pela frente. Para escapar da degola, sem depender de nenhum
time, precisa ganhar oito jogos. “Enquanto houver esperança estarei apoiando
meu Verdão”, disse Tita.
Apesar de a
torcedora estar muito confiante em sua equipe, ela declarou que no dia 12 de
setembro, na 24ª rodada do Brasileirão, após a derrota do Palmeiras contra o
Vasco, em São Januário, ela recebeu uma mensagem de um amigo Palmeirense que
estava no Rio de Janeiro, dizendo: “Aqui a lágrima caiu e hoje eu percebi que o
Palmeiras vai cair”. Ao ler essa a mensagem, Tita contou que ficou desmotivada
com o time, mas lembrou que tudo que já viveu com o Verdão e ergueu a cabeça.
“Não posso deixar meu time na hora que ele mais precisa”, afirmou.
Seu amor pelo
clube é tanto que ela disse que se houver a possibilidade de o Palmeiras cair
para a Série B e isso for confirmado, ela vai fazer uma tatuagem em homenagem
ao time. “Vou fazer o símbolo do Palestra Itália num ombro e o símbolo da
Mancha no outro”, disse a torcedora.
A torcedora
palmeirense já viajou todo o Brasil atrás do seu time. Para todos os estádios
que ela vai, carrega uma faixa com o nome de Guarulhos. De acordo com ela,
levar a faixa com o nome da cidade estampado é representar a torcida
palmeirense de Guarulhos. “Tenho orgulho de onde vivo, por isso, tento
representar meu Verdão onde vou com o nome de Guarulhos”, conclui.
Jogador
que atuou na Série B com o Verdão fala à Folha Metropolitana
Lúcio foi um dos destaques pelo Palmeiras na campanha da Série B em 2003 (Foto: Marcelo Ferrelli/Gazeta Press) |
O lateral-esquerdo Lúcio, atualmente no
Naútico, com passagens por São Paulo, Grêmio e Hherta Berlim (Alemanha) falou
sobre a má fase do Palmeiras com exclusividade à Folha Metropolitana. O atleta contou como foi chegar ao Palmeiras
em 2003 em uma das piores fases da história do time, a volta por cima depois do
título conquistado na Série B, sua relação de amor e ódio com a torcida
alviverde e ainda alertou e defendeu os jogadores do elenco do Palmeiras neste
ano.
FPM - Como foi a sua chegada ao Palmeiras em 2003?
Lúcio – Foi um fator positivo pra minha carreira chegar a um time grande,
fiquei sabendo que ele tinha caído pra Série B depois da notícia de que iria
defender o time, não lamentei e agarrei o desafio.
FPM – E como foi entrar em um time conturbado, em reformulação?
Lúcio - Ninguém me conhecia, ninguém conhecia o Vagner Love, Diego Souza,
Elsinho. Assim, tivemos que matar um Leão por dia, jogar com união, jogar como
time pequeno para sermos reconhecidos. Ao final do campeonato fomos aplaudidos
pela torcida e chamados de guerreiros por toda a nação palmeirense.
FPM – Você acredita que o Palmeiras consiga permanecer na Série A?
Lúcio – Sim, acredito porque a base do Palmeiras é muito boa. Foram
campeões da Copa do Brasil e ainda ganharam uns reforços depois. Time grande
não tem que cair, time grande deve permanecer na primeira divisão.
FPM – O que o Palmeiras precisar fazer para continuar na primeira?
Lúcio – Defender e atacar como time pequeno, com humildade e sempre com
confiança e personalidade. Um jogador com confiança consegue dar um passe mais
longo, ir pra cima, dar um bom drible, chutar para o gol. Sem confiança ele não
consegue fazer nada disso. E nesse momento, os jogadores do elenco estão sem
confiança.
FPM – Torcida ajuda o time em um momento desses?
Lúcio – Sim, a torcida é metade do time. Se os torcedores ajudarem, com
certeza o time permanecerá na elite do futebol Brasileiro. Mas, se a torcida
não entender o time, não apoiar e não comparecer ao estádio, isso irá
atrapalhar todo o time do Palmeiras. Por isso, eles devem apoiar sempre. Até a
última rodada.
FPM – E como foi sua relação com a torcida enquanto jogou pelo
Palmeiras?
Lúcio – Na série B, eles jogaram junto com a equipe. Em todos os jogos
compareciam. Sou grato ao torcedor palmeirense. Até hoje, tem torcedores que
quando me encontram na rua me agradecem por aquele título. Mas quando
resolveram pegar no meu pé foi ruim. Vivenciei 30 mil torcedores me xingando ao
mesmo tempo, mas eu tive personalidade pra aguentar as vaias e terminar meu
ciclo no time.
FPM – Mande um recado ao torcedor e ao s jogadores do Palmeiras.
Lúcio – A torcida eu digo pra incentivarem a equipe até os 45 minutos da
40ª rodada do campeonato, por um time sem torcida não é nada. Dispenso
comentários aos jogadores. Se fizerem metade do que fizeram na Copa do Brasil
com certeza o time vai sair dessa. Elenco o Palmeiras tem, basta retomar a
confiança, a personalidade de cada atleta que o time consegue escapar dessa
fase.
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