David foi campeão mundial e segundo o pai passa por problemas de depressão (Foto: Divulgação) |
O pai do boxeador guarulhense,
David Lourenço da Costa, afirmou que o garoto nunca mais vai subir em um ringue
de boxe. O jovem campeão mundial voltou para casa, na última quarta-feira
depois de ficar 6 dias desaparecido. O pai desconfia que o pugilista possa
estar sofrendo depressão, pois não conseguiu ir às olimpíadas e está sem apoio
da Confederação Brasileira de Boxe.
“Quem decidi se ele vai continuar
lutando ou não sou eu”, afirmou o pai do garoto, Ailton Cardoso. O pai do pugilista
disse que vai levar o filho em um psicólogo para avaliar a sua situação e
depois decidirá o futuro da jovem promessa do boxe.
Segundo Ailton Cardoso, todos os
atletas da seleção brasileira foram aos Jogos Olímpicos, até os que não participaram
da competição, apenas David Lourenço ficou no Brasil. “Além de não ir às
olimpíadas, meu filho não ganhou uniforme da seleção e seu salário foi diminuído
pela metade”, disse o pai que acredita que o filho possa estar deprimido por
causa desses fatores.
Questionada sobre o caso, a CBB
(Confederação Brasileira de Boxe) informou que está apoiando o garoto em
qualquer tipo de situação e que jamais abandonaria um atleta do nível de David
Lourenço.
Para o presidente da
Confederação, Mauro José da Silva, é normal que o garoto esteja deprimido, pois
ele lutava pela categoria juvenil e estava em processo de transição para a
categoria adulta, então, ainda não tem o mesmo nível do que os outros atletas e
por isso não conseguiu a classificação. Além disso, o boxeador guarulhense
disputou vaga com Esquiva Falcão, que conquistou a medalha de prata em Londres.
“O atleta tem que ter paciência e
entender que ganhar ou perder faz parte do processo. Se formos levar a fogo, eu
já teria dispensado o garoto pelos resultados ruins que ele vinha conquistando,
mas preferimos apoiá-lo e deixar treinando conosco para se aprimorar e dar a
volta por cima”, disse o presidente.
Sobre a declaração do pai de
David, Mauro José da Silva disse que apenas prejudicará o garoto se proibi-lo
de lutar. “Não concordo com o pai dele. O menino já é maior de idade e ele é
quem deve decidir. Ele tem qualidade e se realmente parar de lutar, pode se
revoltar mais”, conclui.
A Confederação Brasileira de Boxe
ainda informou que disponibiliza qualquer tipo de tratamento para os seus
atletas e tem uma equipe de médicos e psicólogos pronta para atender os
lutadores.
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