Todos os 23 jogadores da seleção pentacampeã em 2002 (Foto: Divulgação) |
Eu não poderia deixar passar em branco essa data tão
marcante para o futebol brasileiro. Neste sábado, 30 de junho de 2012,
completou-se dez anos que a seleção brasileira conquistou o pentacampeonato
mundial, que aconteceu na Coréia/Japão, primeira Copa do Mundo realizada em
dois países diferentes.
Foi a primeira Copa do Mundo que eu me lembro perfeitamente.
Foi a primeira Copa do Mundo sem o meu pai. Cada momento, cada jogo, cada
jogador, cada lance, cada gol. Tudo foi marcante pra mim, tudo foi marcante
para o futebol.
Em 2002, eu tinha 11 anos de idade, estava na 5º série do
ensino fundamental e o legal daquela Copa foi o horário. Eu tinha o prazer de
acordar às 03h da madrugada para acompanhar a seleção brasileira. A minha rua, do
Jardim São Manoel, em Cumbica (Guarulhos), era a mais animada do bairro. Todos
acordavam e se reuniam na casa de alguma pessoa. Cobertor, pipoca e TV na
garagem eram o essencial.
Cafú quebra os paradigmas e erguer a taça (Foto: Divulgação) |
Há quem diga que aquela Copa foi a do Ronaldo. Eu digo mais.
Aquela Copa também foi a do Rivaldo, camisa 10 da seleção. Do estreante em
Copas, Ronaldinho Gaúcho. Dos desacreditados Kléberson e Anderson Polga. Do
feliz Ricardinho, que no último minuto foi convocado no lugar do Emerson, que
se machucou. Do jovem Kaká, o jogador mais novo do time. Do capitão Cafú,
aquele do Jardim Irene e de Marcos, que em minha opinião, deveria ser escolhido
o melhor goleiro do Mundial, título que Oliver Kahn levou.
Aquele time de 2002 foi uma seleção unida, sem intrigas, não
havia guerra de egos nem estrelismo. Uma verdadeira família. A Família Scolari,
de um técnico que conseguiu motivar 23 jogadores e 170 milhões de pessoas. Que
conseguiu devolver a alegria do futebol aos brasileiros e todos num só ritmo: ‘E
vai rolar a festa, vai rolar, o povo do gueto mandou avisar’.
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