Romarinho entrou no fim e calou a torcida do Boca (Foto: Robson Fernandjes/AE) |
A torcida do Boca, eufórica como sempre e acostumada em
finais de Libertadores, foi à La Bombonera empurrar o time para o início da sua
sétima conquista do torneio continental. Todos os ingressos foram vendidos, e o
estádio Alberto Jacinto Armando estava todo em azul e amarelo.
Não tinha, e ainda não tem nenhum favorito para o título. O
jogo foi difícil para as duas equipes. Mais para o Corinthians. Os dois times
têm uma proposta parecida em campo, a de se defender e sair nos contra ataques,
mas o Boca não fez isso. Atacou mais do que o Timão. Foi mais perigoso.
Riquelme fez o esperado. Deus bons passes. Acelerou o jogo
quando tinha que acelerar. Acalmou o time quando tinha que acalmar. Chutou a
gol, tocava a bola com rapidez e eficiência e tinha uma ampla visão do jogo.
Errou pouco.
Corinthians foi um pouco abaixo do que vinha apresentando
nas últimas partidas, pela sua proposta de jogo, mas conseguiu anular o ataque
argentino. Cássio, Leandro Cástan e Chicão foram muito seguros, como em todos
os jogos.
Saiu o primeiro gol. Chicão tentou ser o herói da partida.
Me lembrou o Suarez, aquele uruguaio que meteu a mão na bola dentro da área
para impedir o gol da seleção da Gana nas quartas de finais da Copa do Mundo
2010. O zagueiro corintiano tentou ser o herói, mas não conseguiu, o árbitro Enrico
Ósses deu o gol.
A ‘LA 12’ (torcida do Boca Juniors) foi a loucura. La
Bombonera virou um caldeirão. Naquele momento o Corinthians se encolheu. Os
jogadores corintianos entraram em ‘choque’, Boca melhorou na partida.
Então, Tite, Paulinho e Emerson, os grandes nomes do
Corinthians nesta Libertadores, entraram em ação. O primeiro colocou Romarinho,
o jovem jogador que marcou dois belos gols no clássico contra o Palmeiras. O
segundo roubou a bola de Riquelme (o melhor em campo) e tocou para Emerson.
Emerson, de costas para o gol, foi guerreiro, apanhou e não caiu e enxergou Romarinho
entrando na área adversária. O camisa 21 teve a calma de um jogador experiente,
a frieza de um ‘louco’ e empatou o jogo.
Essas quatro pessoas calaram a Boca de 48 mil Xeneizes, que
até o gol de empate, cantarolavam loucos. Tite, por colocar um garoto
de 22 anos, que veio do Bragantino, em plena final de Libertadores. Paulinho,
por roubar a bola do melhor jogador da equipe argentina. Emerson, por dar o
passe e Romarinho por fazer o gol.
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