Por Jornalismo FC
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Lucas Pimenta em La Bombonera na última rodada do Torneio Apertura em 2008 (Foto: Lucas Pimenta) |
Atualmente, o Corinthians tem a
segunda maior torcida do Brasil com 25 milhões torcedores. Porém, são paulinos,
santistas, palmeirenses e todos aquele não gostam do Timão vão torcer contra o
clube nos duelos diante do Boca Juniors pela final da Taça Libertadores. Mas,
além dos “anti-corintianos”, existe uma torcida organizada do time argentino em
São Paulo, a ‘La 12 SP’, que hoje conta com cerca de 200 pessoas e existem
também os verdadeiros torcedores boquenses.
Declarado torcedor de coração do
Boca Juniors, o Jornalista Lucas Pimenta, de 25 anos, afirma que a equipe argentina é o “time da revolução, da contra-cultura e dos
intelectuais latinos”. Apaixonado pela Argentina desde a Copa de 90, quando os
hermanos eliminaram a Seleção Brasileira do Mundial, o jornalista diz que não
torce apenas pelos argentinos, mas torce contra o Brasil em qualquer disputa. “Além
do futebol, sou um apaixonado
pela cultura, comportamento e postura dos argentinos. É muito diferente do
Brasil e como nós, brasileiros, encaramos tudo”, diz o torcedor boquense.
Seu amor pelo Boca começou em
2003, quando o time venceu o badalado Santos de Robinho, Diego e companhia, na
final da Libertadores. “Quando cresci, fui me aproximando do Campeonato Argentino e comecei
a estudar mais, assistir jogos e ler notícias até que, com a vitória sobre o
Santos, me apaixonei de vez e virei Xeneize”, declarou Pimenta.
Mas, o “ápice de sua paixão”, como ele
mesmo diz, aconteceu em 2008, quando ele pagou R$ 600,00 para ir à Argentina
assistir a última rodada do Torneio Apertura, em que o Boca Juniors jogou
contra o Colón. “Foi algo impressionante e totalmente diferente do que existe e
vai existir no Brasil. Naquele dia, eu tive certeza que La Boca era minha casa”,
afirmou o jornalista.
Sobre a final da Taça Libertadores 2012 que
tem a disputa da primeira partida na noite desta quarta-feira, 27, em La Bombonera,
Lucas Pimenta prefere não palpitar, mas acredita na vitória do seu time de
coração. “Acho que o Corinthians ganha em La Bombonera, mas o Boca joga fora
como joga em casa, se der Boca, dará no Pacaembu”, disse.
“Maradona não é um
ídolo, ele é um Deus”
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Pimenta exibe sua tatuagem do Maradona (Arquivo Pessoal) |
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Além da idolatria pelo país da Argentina,
pela Seleção Argentina e pelo Boca Juniors, Lucas Pimenta tem alguns jogadores
como ídolo. Ortega, Batistuta, D’alessandro, Aimar, Gallardo e Caniggia são
alguns deles.
Porém, um jogador, em especial é muito
acima da média em sua concepção. Esse jogador, é o Maradona, o principal craque
do Boca Juniors, o maior ídolo da história do futebol argentino. “O Maradona
não é um ídolo, simplesmente. Ele é um Deus e não só do futebol ou do País”, garantiu
Pimenta.
É tão apaixonado pelo ex-jogador que tatuou
o rosto de Maradona em sua perna. Prometeu tatuar se Maradona voltasse a uma
Copa do Mundo, depois de ser punido injustamente, segundo ele, por doping em
1994. Ele voltou, mas dessa vez como técnico da Seleção Argentina em 2010. “Dia
25 de junho de 1994 foi o dia mais triste da minha vida, fiz uma promessa e a
cumpri em outubro de 2010, no ano que ele treinou a seleção na Copa do Mundo”,
disse Lucas sobre sua tatuagem.
Ainda disse que se algum corintiano quiser
apostar com ele na vitória das equipes, ele está disposto. A aposta seria de
que se o Boca Juniors for campeão ele tatuará um desenho que remete a La 12 e o
símbolo da camisa do Boca de 1981, quando Maradona jogou na equipe. “Ainda
ninguém firmou o pé comigo. Sei que é difícil colocar a cara para bater, quando
do outro lado, estão seis títulos contra zero, mas é hora dos corintianos
provarem o contrário e mostrar confiança e principalmente, fidelidade”, brincou
Lucas Pimenta.