Guarulhos

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Quatro pessoas calaram 45 mil 'Bocas'


Romarinho entrou no fim e calou a torcida do Boca (Foto: Robson Fernandjes/AE)

A torcida do Boca, eufórica como sempre e acostumada em finais de Libertadores, foi à La Bombonera empurrar o time para o início da sua sétima conquista do torneio continental. Todos os ingressos foram vendidos, e o estádio Alberto Jacinto Armando estava todo em azul e amarelo.

Não tinha, e ainda não tem nenhum favorito para o título. O jogo foi difícil para as duas equipes. Mais para o Corinthians. Os dois times têm uma proposta parecida em campo, a de se defender e sair nos contra ataques, mas o Boca não fez isso. Atacou mais do que o Timão. Foi mais perigoso.

Riquelme fez o esperado. Deus bons passes. Acelerou o jogo quando tinha que acelerar. Acalmou o time quando tinha que acalmar. Chutou a gol, tocava a bola com rapidez e eficiência e tinha uma ampla visão do jogo. Errou pouco.

Corinthians foi um pouco abaixo do que vinha apresentando nas últimas partidas, pela sua proposta de jogo, mas conseguiu anular o ataque argentino. Cássio, Leandro Cástan e Chicão foram muito seguros, como em todos os jogos. 

Saiu o primeiro gol. Chicão tentou ser o herói da partida. Me lembrou o Suarez, aquele uruguaio que meteu a mão na bola dentro da área para impedir o gol da seleção da Gana nas quartas de finais da Copa do Mundo 2010. O zagueiro corintiano tentou ser o herói, mas não conseguiu, o árbitro Enrico Ósses deu o gol. 

A ‘LA 12’ (torcida do Boca Juniors) foi a loucura. La Bombonera virou um caldeirão. Naquele momento o Corinthians se encolheu. Os jogadores corintianos entraram em ‘choque’, Boca melhorou na partida.

Então, Tite, Paulinho e Emerson, os grandes nomes do Corinthians nesta Libertadores, entraram em ação. O primeiro colocou Romarinho, o jovem jogador que marcou dois belos gols no clássico contra o Palmeiras. O segundo roubou a bola de Riquelme (o melhor em campo) e tocou para Emerson. Emerson, de costas para o gol, foi guerreiro, apanhou e não caiu e enxergou Romarinho entrando na área adversária. O camisa 21 teve a calma de um jogador experiente, a frieza de um ‘louco’ e empatou o jogo.

Essas quatro pessoas calaram a Boca de 48 mil Xeneizes, que até o gol de empate, cantarolavam loucos. Tite, por colocar um garoto de 22 anos, que veio do Bragantino, em plena final de Libertadores. Paulinho, por roubar a bola do melhor jogador da equipe argentina. Emerson, por dar o passe e Romarinho por fazer o gol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário